13 de dez. de 2011

A árvore das folhas amarelas e outras pequenezas.

Hoje eu completei 1 mês em Toronto.
E hoje, enfim, eu decidi ir à arvore das folhas amarelas.



Todo dia eu passava por ela.
A árvore das folhas amarelas.

E era impossível desviar o olhar.
E não dedicar a ela toda a minha atenção.

O percurso é sempre rápido.
Casa-estação vai um pouco mais do que 1 quarteirão.
São apenas alguns segundos.
Mas, ao passar por ela,
É impossível não reparar
Naquelas folhas amarelas.

Hoje, antes da chuva, teve sol.
E eu parei.
Deslumbrei.
Fotografei.
E peguei uma
Daquelas folhas amarelas.

Vai ficar como uma lembrança
Das pequenezas dessa terra nova.
E é por serem assim pequenas
Que se tornam especiais.

Como o senhor solícito que entrega jornal na entrada da estação.
Como o delicioso muffin de maçã da cafeteria em frente à escola.
Como o dispenser de álcool gel do quarto andar que sempre está vazio, apesar de todo dia eu tentar.

Como a vontade de sempre dizer "olha, um esquilo!", cada vez que eu vejo um deles.
Como a risada de canto de boca a cada vez que eu vejo um nenemzinho loirinho.
Como o sotaque engraçado e indecifrável dos coreanos da minha sala.

Como o específico jeito canadense de pronunciar o nome da cidade: Xorônrouw.
Como o frio danado que faz pela manhã.
Como aquele pão que é furado no meio.

E como todas as pequenezas daqui
Me fazem lembrar as pequenezas daí
E que me fazem lembrar vocês.

Esse texto é para falar sobre pequenezas.
Mas também para falar de outra coisa,
Que,
só para variar,
não tem nada de pequena:

SAUDADE.

Oui

Aos pés da Torre Eiffel,
No cair de uma tarde de outono,
Ela disse "sim". 
São Pedro,
Sensível que só ele,
Não aguentou a emoção
E sucumbiu às lágrimas.
Ela disse "sim".